Fotógrafo, músico, viajante. cearense do mundo. das incursões primeiras pelos terreiros de sua terra natal, um cariri que se faz “verdim”, encrustado na chapada do araripe, ganhou os quintais do mundo, em expedições iniciadas já na adolescência. foi ainda menino que descobriu sua fascinação pela imagem. o avô tinha uma oficina de onde saíam as traquitanas mais fantásticas, entre elas sua primeira câmera, uma caixa escura feita com resto de tudo o que se possa imaginar. foi também observando, ainda menino, os muitos personagens que povoavam seu imaginário – benzedeiras, rezadores, aboiadores, mestres de reisado e cantadoras – que herdou seu tino (ou sua sina) de fotógrafo, retratista. percebe em cada traço, cada gesto uma narrativa das gentes do sertão (ou não), todos aqueles que fazem do viver uma arte. são os tais “artistas do sertão”, como costuma dizer.